Hoje amigos, gostaria de presentear-lhes com um poema lindíssimo de autoria de Alfredo Cyrino que o enviou a minha amiga Mariza por ocasião da morte de seu gato King que a acompanhou por 18 anos.
Quem duvida que nossos amigos peludos, companheiros inseparáveis, amigos dedicados não sejam Anjos que nos foram enviados para que exercitemos o amor incondicional?
Quanto temos a aprender com eles cujos sentimentos são tão puros e transparentes?
Espero que gostem tanto quanto eu gostei.
Anjos não ficam
Anjos tocam as nossas vidas,
apenas nos olham e deixam-se ver,
sem pudor, em humilíssima condição,
promessa ainda incerta de uma existência.
Não pedem para entrar...
Acolhidos, transformam-se em bençãos,
entes queridos, mais do que humanos,
exercitando o dom singelo de Anjos,
sem orgulho ou impaciência.
Coração e espírito atentos,
diluindo o seu curto tempo no nosso,
construindo laços para além do tempo,
iluminando o ar sempre leve pela sua presença.
Com a pureza essencial do nascimento,
crescem, amadurecem e envelhecem.
Tão cedo se fragilizam os nossos Anjos.
E, mesmo exauridos,
seus olhos, sempre eles,
dizem que por nós, apenas por nós,
suportarão qualquer dor de velhice,
qualquer limitação de vida,
enquanto não pudermos deixá-los ir.
Não pedem para partir...
São levados de nós,
resignados, com serena dignidade,
exalando amor até o derradeiro momento.
Anjos apenas passam...
19.11.2007
(Alfredo Cyrino)
Quem duvida que nossos amigos peludos, companheiros inseparáveis, amigos dedicados não sejam Anjos que nos foram enviados para que exercitemos o amor incondicional?
Quanto temos a aprender com eles cujos sentimentos são tão puros e transparentes?
Espero que gostem tanto quanto eu gostei.
Anjos não ficam
Anjos tocam as nossas vidas,
apenas nos olham e deixam-se ver,
sem pudor, em humilíssima condição,
promessa ainda incerta de uma existência.
Não pedem para entrar...
Acolhidos, transformam-se em bençãos,
entes queridos, mais do que humanos,
exercitando o dom singelo de Anjos,
sem orgulho ou impaciência.
Coração e espírito atentos,
diluindo o seu curto tempo no nosso,
construindo laços para além do tempo,
iluminando o ar sempre leve pela sua presença.
Com a pureza essencial do nascimento,
crescem, amadurecem e envelhecem.
Tão cedo se fragilizam os nossos Anjos.
E, mesmo exauridos,
seus olhos, sempre eles,
dizem que por nós, apenas por nós,
suportarão qualquer dor de velhice,
qualquer limitação de vida,
enquanto não pudermos deixá-los ir.
Não pedem para partir...
São levados de nós,
resignados, com serena dignidade,
exalando amor até o derradeiro momento.
Anjos apenas passam...
19.11.2007
(Alfredo Cyrino)
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